Amor, vou matar o presidente, volto já.


No dia 10 de agosto, fui um dos participantes de Amor, vou matar o presidente, volto já, um larp de Julio Borges. O larp ocorreu n'A Gruta, bar bem aconchegante, promovido pelo FERVO. Compareceram um total de 4 participantes, e o larp não tem muita enrolação: é chegar e já começar!

FONTE: Foto de divulgação do larp utilizada no Evento no Facebook.

Extremamente pertinente em tempos de política tão polêmica, a postura dos participantes, sem nenhum acordo prévio, foi de trazer nosso cenário político real, sem criar nenhuma nova realidade puramente imaginária. Parabéns ao roteiro de Borges, que nos puxou para essa reflexão.

Antes de continuar, uma pausa merecida: a motivação dessa postagem. Pretendo, começando agora, criar um relato de caráter etnográfico de cada larp que eu participar. Com isso, mais do que descrever como foi a narrativa experimentada, a ideia é falar sobre o entorno, e os participantes.

Destarte, é importante ressaltar que, depois de aproximadamente duas horas de larp, a conversa que se sucedeu seguiu por mais quase outras duas. Nela, surgiram temas de como o ultra-conservadorismo, grupos extremistas que tomam o discurso da direita, o perfil do propagador de shitposting, e o quão plausível algumas das temáticas do larp foram, embora absurdas.

Outra característica amplamente debatida foi o caráter metalinguístico de "Amor...": tal como na narrativa diegética do larp, os participantes atentaram para a baixa taxa de adesão. Dos mais de 130 interessados no evento no Facebook, apenas 4 apareceram. As conjecturas envolveram desde o local até a temática.

Enfim, uma experiência extremamente rica, com uma reflexão extremamente madura. Ansioso para os próximos!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Currículo Larps

Cegos, Surdos e Mudos

Calendário